Quando você ouve a palavra “infraestrutura”, provavelmente pensa em estradas, pontes e túneis. Mas na verdade nem todas as infraestruturas são construídas pelo homem: os exemplos mais críticos muitas vezes vêm da natureza. As várzeas, por exemplo, são importantes infraestruturas naturais porque filtram o escoamento das chuvas, reduzindo a poluição que de outra forma atingiria rios, lagos e oceanos.
Em vez de construir enormes piscinões de concreto para proteger das enchentes aqueles que vivem nas grandes cidades, melhor seria investirmos em infraestrutura verde. Ela é especialmente importante para precaver-nos contra inundações agravadas pelas mudanças do clima. De telhados verdes ao pavimento permeável, comunidades urbanas em todo o mundo estão provando que a natureza pode fornecer-nos soluções as mais inovadoras.
O contínuo desenvolvimento de uma cidade sobre várzeas e áreas verdes rurais diminui a permeabilidade do solo. Como consequência, menos água de chuva infiltrar-se-á no solo, causando um acréscimo no volume de água que escoará pelas ruas. As galerias de águas pluviais, que antes atendiam a precipitação das chuvas, passam a não atender às novas demandas. O resultado são as famigeradas enchentes.
O Edifício Buenos Aires é um exemplo de aplicação do que estamos chamando de infraestrutura verde. Pelas normas da Prefeitura de BH, o terreno do edifício deve ter 10% de sua área permeável, ou seja, 10% da área total do lote deve permitir que a água infiltre-se no solo. Mas no BsAs a área permeável é de quase o dobro das normas.
Sintonizado com outros exemplos de responsabilidade ecológica mundo afora, ele é um prédio que pode mudar a cidade. Ainda que seja uma gota no oceano.
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